Crenças de Cristóvão Colombo
Crenças de Cristóvão Colombo
13 de outubro de 2025

Retrato de um homem que dizem ser Cristóvão Colombo (Wikipedia)
Hoje, costumava ser chamado simplesmente de Dia de Colombo nos EUA, mas isso mudou neste século:
EUA celebram o Dia de Colombo e o Dia dos Povos Indígenas
Os Estados Unidos comemoram o Dia de Colombo na segunda-feira, assim como o Dia dos Povos Indígenas.
O Dia de Colombo é um feriado federal desde 1971 para celebrar o desembarque de Cristóvão Colombo nas Américas em 1492.
O reconhecimento da violência, das doenças e de outros sofrimentos infligidos pelas nações europeias às pessoas que já viviam no Hemisfério Ocidental levou, nos últimos anos, a uma reavaliação do feriado, incluindo apelos para sua abolição e novas comemorações das populações indígenas.
O presidente dos EUA, Joe Biden, emitiu na semana passada a primeira proclamação presidencial do Dia dos Povos Indígenas, a ser comemorado na segunda-feira.
“Hoje, também reconhecemos a dolorosa história de injustiças e atrocidades que muitos exploradores europeus infligiram a nações tribais e comunidades indígenas”, escreveu Biden. “É uma medida da nossa grandeza como nação o fato de não procurarmos enterrar esses episódios vergonhosos do nosso passado — que os enfrentemos honestamente, os tragamos à luz e façamos tudo o que pudermos para lidar com eles.” 11 de outubro de 2021 https://www.voanews.com/a/eua-observamos-o-dia-de-colombo-dia-dos-povos-indígenas/6265612.html
Joe Biden estava correto ao afirmar que houve muitos “erros e atrocidades que muitos exploradores europeus infligiram às nações tribais e comunidades indígenas”.
Cristóvão Colombo foi um visionário falho e muitas vezes cruel. No entanto, a graça de Deus é para todos .
Há algum tempo, um leitor me enviou um link para um artigo sobre alguns dos planos religiosos falhos de Cristóvão Colombo:
Os americanos fora do círculo restrito de estudiosos de Colombo ainda sabem pouco sobre o homem e sua missão… seu objetivo final, o propósito por trás do empreendimento, era Jerusalém!
A entrada de 26 de dezembro de 1492 em seu diário da primeira viagem, doravante referido como o Diario , escrito no Caribe, deixa poucas dúvidas. Ele diz que queria encontrar ouro suficiente e especiarias quase igualmente valiosas “em tal quantidade que os soberanos… se comprometam e se preparem para ir conquistar o Santo Sepulcro; pois assim eu instei Vossas Altezas a gastar todos os lucros deste meu empreendimento na conquista de Jerusalém” ( Diario 1492 [1988: 291, grifo meu]). Esta declaração implica que não foi a primeira vez que Colombo mencionou a motivação para seu empreendimento, nem seria a última. Colombo queria lançar uma nova Cruzada para retomar a Terra Santa dos infiéis (os muçulmanos). Este desejo não era meramente recuperar a terra da Bíblia e o lugar onde Jesus havia caminhado; era parte do cenário apocalíptico muito maior e generalizado no qual Colombo e muitos de seus contemporâneos acreditavam. Esse cenário, derivado do livro bíblico do Apocalipse, afirma que a conversão de todos os povos ao cristianismo e a reconquista de Jerusalém são pré-condições necessárias para a “Segunda Vinda”, quando Cristo retornará antes do “Fim dos Dias”. Colombo sentiu fortemente a iminência desse evento; ele também passou a sentir que tinha um papel providencial a desempenhar no drama. Há evidências consideráveis de seus contemporâneos e de seus próprios escritos, especialmente no pouco conhecido Libro de las profecı´ as, ou Livro das Profecias, de que essas eram crenças de longa data de Colombo.
O Libro não é propriamente um livro no sentido convencional, mas sim uma coletânea de passagens extraídas da Bíblia (do Gênesis ao Apocalipse); de numerosos autores antigos, como Aristóteles, Ptolomeu, Sêneca; de padres da Igreja, como Agostinho, Jerônimo, Crisóstomo; e de autores medievais, como Tomás de Aquino, d’Ailly, Joaquim de Fiore e Roger Bacon. Inclui também trechos do Alcorão e dos escritos de vários muçulmanos, como Alfragano e Averróis. Esta coletânea destinava-se a ser utilizada na composição de um longo poema a ser apresentado ao Rei e à Rainha. O poema nunca foi concluído, mas o manuscrito original, surpreendentemente, sobreviveu e hoje se encontra na Biblioteca Columbina, anexa à Catedral de Sevilha.
Acredita-se que o Libro de las profecı´ as foi compilado durante o período entre o retorno de Colombo da terceira viagem, no final de outubro de 1500, e o início da quarta viagem, em maio de 1502. No entanto, uma passagem que se refere à sua estadia na Jamaica em 1504 pode indicar que ele levou um rascunho na viagem final para fazer adições ou correções sugeridas por seu amigo Frei Gaspar Gorricio, um monge cartuxo.
A carta de apresentação que Colombo inseriu no caderno começa assim: “Cristãosíssimos e exaltados príncipes, a razão que tenho para a restituição do Santo Sepulcro à Santa Igreja militante é a seguinte” ( Livro 1500-1502 [Thacher 1904, vol. III: 660]). Trata-se de uma carta urgente que os avisa que o fim do mundo ocorrerá em 155 anos. Essa data foi estabelecida pela prática comum de usar genealogias bíblicas para calcular o número de anos desde a Criação, até Cristo, até o ano corrente. Neste caso, Colombo cita o Elucidario astronomice concordie cum theological & hystorica veritate, de sua fonte mais crucial, Pierre d’Ailly: “De Adão a Nosso Senhor Jesus Cristo, há 5.343 anos e 318 dias, segundo o relato do Rei Dom Alonso [sic; deveria ser Afonso]… somando a isso 1.501 anos incompletos [ou seja, o ano em que ele escreve], totaliza 6.845” (Libro 1500–1502 [Thacher 1904, vol. III: 662]). O ponto final é fixo — a duração do mundo é de apenas sete milênios, com base na noção de que os sete dias da Criação equivalem a sete mil anos terrestres. Colombo cita “Santo Agostinho, que diz que o fim deste mundo virá no sétimo milênio de anos a partir de sua criação… [então] de acordo com este relato, faltam apenas 155 anos para completar os 7000, ano em que… o mundo deve acabar” (op. cit). …
Na Espanha do final do século XV e início do século XVI, havia uma noção amplamente difundida de “um último imperador mundial” que cumpriria o que era conhecido como a profecia unum ovile et unun pastor de João 10:16: “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um pastor ” (grifo meu). Este imperador lutaria contra o Anticristo e restabeleceria a soberania cristã sobre Jerusalém e a Terra Santa. Como observado, Colombo acreditava que este governante viria da Espanha; https://www.amherst.edu/system/files/columbus.pdf acessado em 25/01/2020
Então, vamos considerar um pouco disso e suas possíveis ramificações.
Primeiro, sim, acreditou-se por muito tempo que Deus tinha um plano de sete mil anos. A “escola de Elias” foi creditada como a fonte, e isso teria ocorrido 8 ou 9 séculos antes de Jesus nascer na Terra.
Judeus e primeiros cristãos acreditavam nisso.
Entretanto, Cristóvão Colombo (conhecido em espanhol como Cristóbal Colón ) estava errado sobre o momento.
Não apenas os 7.000 anos ainda não acabaram, como os 6.000 anos que Deus permitiu que os humanos governassem a si mesmos ainda não acabaram, mas estão bem próximos de acabar (veja Deus tem um plano de 6.000 anos? Em que ano os 6.000 anos terminam? ).
Além disso, o Livro do Apocalipse não diz nada sobre cristãos tentando tomar Jerusalém antes da segunda vinda de Jesus.
No entanto, as profecias greco-católicas romanas, que também discutem um futuro imperador humano (frequentemente chamado de “o Grande Monarca ”, que parece ter muito em comum com o Rei do Norte bíblico), o fazem.
Observe algumas profecias/escritos privados católicos que apoiam a visão de que esse líder, assim como o Rei do Norte bíblico , teve um grande impacto em Jerusalém no início de seu reinado:
São Tomás de Beckett (século XII): Um cavaleiro virá do Oeste. Ele capturará… as três Coroas. Ele então navegará… e chegará ao túmulo de Cristo, onde lutará. (Dupont Y. Profecia Católica: O Castigo Vindouro. TAN Books, Rockford (IL), 1973, p . 16)
Beato Joannes Amadeus de Sylva (falecido em 1482): Alemanha e Espanha se unirão sob um grande príncipe… Após muitos massacres, as outras nações serão forçadas a aderir a essa união. Não há esperança para os descrentes até que toda a Alemanha se converta; então tudo acontecerá rapidamente… o tempo será prolongado até que todos os países se unam sob o Grande Soberano. Após essa união, conversões em massa ocorrerão… (Connor, Profecia para Hoje, p. 34). Connor, p. 34).
Abade ‘Merlin’ Joachim (falecido em 1202) Um Papa notável… recuperará o reino de Jerusalém… para obter esses resultados felizes, necessitando de assistência poderosa, este Santo Pontífice pedirá a cooperação do generoso monarca da França (Grande Monarca). (Connor, Edward. Prophecy for Today. Imprimatur + AJ Willinger, Bispo de Monterey-Fresno; Reimpressão: Tan Books and Publishers, Rockford (IL), 1984, p. 32)
Estudiosa Ortodoxa Oriental Helen Tzima Otto (2000): É claro que Jerusalém será invadida na Terceira Guerra Mundial e finalmente libertada pelo Grande Monarca. (Tzima Otto, H. The Great Monarch and WWIII in Orthodox, Roman Catholic, and Scriptural Prophecies. Verenika Press, Rock City (SC), 2000, p. 316)
Monge Adso (século X). “Alguns de nossos Mestres dizem que um Rei dos Francos possuirá todo o Império Romano. Ele será o maior e o último de todos os Monarcas. Depois de governar sabiamente seu reino, ele irá finalmente a Jerusalém e depositará seu cetro e sua coroa no Monte das Oliveiras…” (Dupont, p. 18).
Parece que Cristóvão Colombo estava ciente de algumas dessas profecias greco-católicas romanas.
Infelizmente, quando muitas pessoas veem algo do que Jesus disse que elas deveriam procurar, em vez de se preocuparem com esse líder, elas aparentemente abraçarão esse falso líder.
Há, no entanto, alguns católicos greco-romanos (aparentemente uma minoria) que poderiam se opor a isso, como sugere o seguinte:
O escritor católico Paul Thigpen alerta: “Procurar o Grande Monarca, então, que não aparece nas Escrituras, pode levar a ignorar o Anticristo que aparece. Pode até levar – um pensamento ainda mais perturbador – a confundir o Anticristo com o Grande Monarca. Afinal, anticristos menores do passado, como Hitler e Stalin, seduziram seguidores com visões de reinos terrestres grandiosos e gloriosos. Certamente o Anticristo dos últimos dias fará o mesmo.” (Penn L. False dawn: the United Religions Initiative, globalism, and the quest for a one-world religion. Sophia Perennis, 2005, p. 420)
Padre Herman Kramer (século XX): O Falso Profeta… persuadirá todos os infiéis, apóstatas e nações apóstatas a adorá-lo e adorá-lo… O Anticristo “está assentado no templo de Deus” (I Tessalonicenses II. 4)… possivelmente uma das igrejas em Jerusalém ou São Pedro em Roma… O Falso Profeta proclamará a ressurreição do Império Romano… A palavra “imagem” está no singular, indicando apenas uma estátua, que ele pode erguer na grande igreja, São Pedro (Kramer HBL The Book of Destiny. Nihil Obstat: JS Considine, OP, Censor Deputatus. Imprimatur: +Joseph M. Mueller, Bispo de Sioux City, Iowa, 26 de janeiro de 1956. Reimpressão TAN Books, Rockford (IL), p. 320-323).
O Rei do Norte, presumindo-se que também seja considerado o Grande Monarca, estará envolvido com Jerusalém e biblicamente é perigoso.
Além disso, alguns escritores greco-católicos romanos entenderam claramente que a besta de dois chifres em Apocalipse 13 provavelmente será um antipapa e que um poder negativo será estabelecido em Jerusalém:
Padre E. Sylvester Berry (publicado em 1920): Os dois chifres denotam uma dupla autoridade – espiritual e temporal. Como indicado pela semelhança com um cordeiro, o profeta provavelmente se estabelecerá em Roma como uma espécie de antipapa… O Anticristo se estabelecerá em Jerusalém… com seus “prodígios mentirosos”… (Berry ES. The Apocalypse of St. John, 1920. Citado em Culleton RG. The Reign of Antichrist. Reimpressão 1974, TAN Books, Rockford (IL), pp. 199-200).
Grande parte dos ensinamentos acima é consistente com certas escrituras.
Embora a maioria no mundo protestante que observa as profecias, assim como talvez a maioria no mundo católico, tenha confundido quem é o Anticristo (muitos protestantes modernos pensam que ele é a Besta do Mar), várias fontes católicas declararam corretamente que o Falso Profeta é (ou provavelmente é) o Anticristo final. Esta também foi a posição do santo católico Agostinho (Agostinho. Cidade de Deus, Livro XX, Capítulo 14. Traduzido por Marcus Dods. De Pais Nicenos e Pós-Nicenos, Primeira Série , Vol. 2. Editado por Philip Schaff. ( Buffalo, NY: Christian Literature Publishing Co., 1887. ) Revisado e editado para o Novo Advento por Kevin Knight. <http://www.newadvent.org/fathers/120120.htm>. Culleton, O Reinado do Anticristo, p. 117).
De qualquer forma, parte do objetivo deste post é enfatizar que Cristóvão Colombo foi altamente influenciado pela profecia greco-católica romana.
Foi um fator determinante para ele. Isso o levou, em parte, a mudar o mundo.
Não pense que no século XXI o mundo não será afetado pelas profecias greco-católicas romanas e outras profecias não bíblicas.
Muitos fazem parte do plano de Satanás.
Dito isso, o distrito escolar local parou de celebrar o Dia de Colombo como feriado há vários anos.
Eles achavam que Colombo não deveria ser homenageado devido às várias atrocidades nas quais esteve envolvido.
O fato é, no entanto, que Colombo abriu as Américas (sim, eu sei que há evidências de que vários outros, como os vikings, chegaram às Américas antes dele) para o mundo e que Deus tem um plano que está sendo elaborado nesta Terra.
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